segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Teoria da Adaptação de Callista Roy


       A irmã Calista Roy cursou bacharelado em ciência de enfermagem no Mount Saint Mary’s College, em Los Angeles, Califórnia. Fez mestrado em ciência e mestrado e doutorado em sociologia na UCLA (Universidade da Califórnia) (GEORGE, 2000; TOMEY,ALIGOOD,2004).
         Os conceitos básicos do Modelo de Adaptação de Roy (MAR) foram desenvolvidos entre 1964 e 1966, durante a Licenciatura. Em 1968, o modelo foi posto em funcionamento; a estrutura de adaptação foi adotada como fundamento filosófico do currículo de enfermagem no Mount Saint Mary’s College (GEORGE, 2000; TOMEY,ALIGOOD,2004).
         Roy publicou muitos livros, capítulos, artigos e apresentou inúmeros workshops com a temática de sua teoria. Já foi avaliado durante o cuidado de pessoas portadoras de doenças crônicas e agudas, sendo aplicado como base para avaliação e intervenção tendo em vista o atendimento as necessidades de adaptação dessas pessoas. O modelo também tem sido útil no Ensino, e principalmente na pesquisa. (TOMEY,ALIGOOD ; 2004).
       Ao final da década de 90 houve um desenvolvimento posterior do modelo. Este foi baseado na análise dos primeiros 25 anos do uso do MAR nas pesquisas. A partir dos resultados, houve a incorporação de pressupostos científicos e filosóficos atualizados (TOMEY,ALIGOOD ; 2004).
      “O leitor, empolgado com o modelo, descobrirá que uma ótima resposta foi e continua sendo obtida pelas enfermeiras que o praticam, pelos educadores, pelos pesquisadores na análise, por testes e pela aplicação do modelo na enfermagem” (GEORGE, 2000).

REFERÊNCIAS:
GEORGE,J. B. et al.  Teoria de Enfermagem: os fundamentos à prática profissional. Porto Alegre: Ed. Artmed, 4ª ed., 2000.
TOMEY, A.M.; ALIGOOD,M.R. Teóricas de Enfermagem e a sua obra (Modelos e Teorias de Enfermagem). Lusociência: 4 ed., 2004.

Teoria Ambientalista de Florence Nightingale





   Florence é conhecida como mãe da Enfermagem Moderna, dama da lamparina e estabeleceu seu lugar na história. 
     Para compreender a Teoria Ambientalista é necessário conhecer as raízes, as vivências e as influências teóricas que existiam no período de Florence. Seus pais queriam que ela fosse uma esposa de aristocrata como as outras mulheres da sociedade. Mas ela não queria essa vida e buscou a profissão na Enfermagem, era muito religiosa e queria servir ao povo e consequentemente servir a Deus.
  Nightingale via a manipulação do ambiente físico como o principal componente do atendimento de enfermagem. Foi a partir dessa visão de Florence que os estudiosos nomearam a sua Teoria de Ambientalista, que por sua vez, tem como meta auxiliar o paciente a ficar equilibrado.
     Florence identificou a ventilação, o aquecimento, a luz, o ruído, a variação, a cama e a roupa da cama, a limpeza dos quartos e paredes, e a nutrição como os fatores mais importantes do ambiente que a enfermeira podia controlar. Quando um ou mais aspectos do ambiente estivessem desequilibrados, o cliente deveria usar maior energia para contrabalançar o estresse ambiental. Esse estresse retira do cliente a energia necessária para a cura. Os aspectos do ambiente físico também são influenciados pelo ambiente social e psicológico do indivíduo.
   Florence não definiu os quatro principais conceitos (metaparadigmas) usados para organizar a Teoria de Enfermagem. Porém, vários autores conseguiram delinear os metaparadigmas na visão de Florence. 
     O Processo de Enfermagem também é possível ser colocado em prática com embasamento na Teoria Ambientalista, vários estudos foram realizados utilizando-a.
       


REFERÊNCIA
Leonard MK, George JB. Ida Jean Orlando. In: George, JB. Teorias de Enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4 ed. Tradução Ana Maria Vasconcelos Thorell. Porto Alegre: Artmed, 2000. 

Teoria do Processo de Enfermagem de Ida Jean Orlando (Pelletier)




“Ida Jean Orlando Pelletier (1926) teve uma carreira variada como profissional, educadora, pesquisadora e consultora em Enfermagem. Durante o início de sua carreira, trabalhou como enfermeira de equipe em áreas como a obstetrícia, medicina e cirurgia, além do setor de emergência. Ela também foi supervisora e segunda diretora-assistente de enfermeiras. Recebeu seu diploma em enfermagem do New York Medical College, Flower Fifth Avenue Hospital School of Nursing, em 1947, e o BS em Enfermagem e Saúde Pública da St. John’s University, em Brooklyn, New York, em 1951. Em 1954 recebeu seu MA em Consultoria de Saúde mental da Universidade de Columbia, New York. Ela foi, então para Yale como pesquisadora associada e investigadora de um projeto que estudava a integração de conceitos de saúde mental ao currículo básico de enfermagem. Isto a levou à publicação de seu primeiro livro, The dynamic nurse-patient relationship: Fuction, process and principles, em 1961 (reimpresso em 1990).  Ela também atuou como diretora do programa de graduação em saúde mental e enfermagem psiquiátrica em Yale.
Em 1962, Orlando casou-se com Robert Pelletier e mudou-se para Massachusetts. Tornou-se consultora de enfermagem clínica em um hospital psiquiátrico, o McLean Hospital, e em um hospital de veteranos. No Mclean Hospital, realizou a pesquisa que levou à publicação, em 1972, de seu segundo livro, The discipline and teaching of nursing process.
(...)
 Ao longo de sua carreira, Orlando foi ativa em uma série de organizações, incluindo a Massachusetts Nurses’ Association e a Havard Community Health Plan. Ela também deu palestras e participou de workshops e de consultoria em inúmeras instituições”.

REFERÊNCIA
Leonard MK, George JB. Ida Jean Orlando. In: George, JB. Teorias de Enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4 ed. Tradução Ana Maria Vasconcelos Thorell. Porto Alegre: Artmed, 2000. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Motivação para o Blog

A ideia de construção do blog surgiu durante a disciplina Bases Téorico-fisolóficas do cuidado em enfermagem do curso de Mestrado em Enfermagem, na turma 2014.1, do Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Durante a disciplina aprofundamos o estudo das Teorias de Enfermagem e para iniciá-las foi necessário estudar sobre o cuidado. Com isso, nos deparamos com vários questionamentos, dentre eles: prestamos cuidados de enfermagem, ensinamos o cuidado de enfermagem, defendemos que o cuidado é a essência da enfermagem, no entanto conhecíamos de maneira breve as bases cientificas do cuidado de enfermagem.
Sabemos que as Teorias de Enfermagem são refutadas pela maioria dos profissionais, são vistas como um saber acadêmico distante da prática, complexas, e de pouca aplicabilidade. No entanto, tivemos a oportunidade de desconstruir esse senso comum, visualizamos que mesmo intuitivamente aplicamos alguns saberes das Teorias de Enfermagem.
A Enfermagem, que tem como cerne o cuidado, possui uma gama de conhecimentos que precisam ser apreendidos, explorados e aplicados pelo corpo de profissionais. Portanto, temos a responsabilidade de oferecer a melhor qualidade no cuidado às pessoas com base nas Teorias, que servem também como referenciais teóricos de Enfermagem nas pesquisas científicas.
Não poderíamos deixar de compartilhar esse aprendizado, de tentar simplificar e desmistificar o que vem sendo difundido sobre as Teorias; acreditamos que aplicação do Processo de Enfermagem embasado nas Teorias é um caminho para fomentar mudanças na nossa profissão e principalmente qualificar o cuidado de enfermagem.

O blog é um espaço coletivo para trocarmos conhecimentos, questionamentos e dúvidas.
Sintam-se à vontade para interagir!

Givânya Melo, Keysse Fidélis e Lays Nogueira